domingo, 4 de março de 2012

Amor inexistente

Ouvindo um pagodinho com minha irmã - ela ama as músicas de Exalta e Belo e fica ouvindo e ouvindo as músicas dezenas de vezes - e como eu costumo ficar repetindo as frases com esta finalidade: decorar as letras.
Percebi que algo estava errado em uma dessas músicas que dizia: Eu não te amo mais.

Como alguém deixa de amar? Ou você ama ou você nunca chegou a amar, com outras palavras, não amou.

Não adianta formular teses e dita-las aos pagodeiros. Não adiantou nem tentar explicar para B.
No entanto, essa frase ficou rolando na minha cabeça, como outras frases que costumam me deixar impressionada por não entendê-las em sua totalidade no instante que foram ditas.

Vejamos, amor verdadeiro é aquele que você deseja passar mais que alguns momentos com a pessoa amada, certo? Logo, se você não aguenta passar pouco mais que minutos, você não a ama.
Se você ao fechar os olhos tem a imagem de uma família formada, de seus filhos e a imaginação está incrivelmente estruturada, baby, você ama de verdade alguém. Porém, se essa imagem "evapora" ou nem existe, simplesmente, você não ama.
Quando você vê seu amor e seus olhos brilham como estrelas no céu, você descobre que sente o amor verdadeiro. Por outro lado, se seu amorzinho é apenas mais um amorzinho como tantos, meu bem, o que você sente não chega aos pés do que significa o amor.
Apenas você saber que a pessoa amada existe, não há motivo de tristeza. Venha você dizer que uma bobagem fez você deixar de amar.

Não há COMO deixar de amar. É simples observar se há amor ou nunca ouve.
Por último posso dá a minha última tese formulada: Enquanto o amor fajuto (inexistente) é algo imaginado estável, entediante (mesmice leva a tédio, sabia?) e com tempo determinado, o amor de verdade é algo real, com instabilidade, interessante e eterno.
Não venha me dizer, nem em música, que "eu não te amo mais".

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